terça-feira, 9 de abril de 2013



“Padrão da Língua Portuguesa”

Nasceu o desafio de materializar os “Vultos do Atlântico”. Desafios, são para mim, como o conceber. Depois é só deixar crescer…
Surgiram rostos que deram nome aos vultos, mas pouco depois os meus vultos já não precisavam de ter aqueles nomes, porque muitos eram os nomes que lhe cabiam e queriam estar, e afinal cada um de nós tem os seus próprios Vultos a quem nomear.
Designei-os primeiramente como personagens da escrita da Língua Portuguesa, mas logo, logo depois surgiram os tantos e tantos que também lá queriam estar, os músicos, os pensadores, os arquitetos os fotógrafos, as paisagens os amores, o mar…tanto mar.
Assim seres de faces esculpidas que podem ser a Sophia de Mello Breyner, o Fernando Pessoa, como o Vinicius de Moraes, ou a Clarisse Lispector, como qualquer outros que o nosso afeto e relação aí queira nomear e lá colocar, fazendo-o vulto.
A coluna da Escultura Padrão, como vértebras encaixadas de azul, profundo como o Oceano, por onde navegam como se barcos fossem, letras sabiamente juntas, escritas com sentido poético, que se encontram, transportam e cruzam tudo o que somos e nos une.
A base, quatro pés: a cultura, a língua, os afetos, os valores; suporta poemas, canções, frases e silêncios que se tornam caminhos, pontes e razões entre estas duas margens deste grande rio de água salgada.
Padrão da Língua Portuguesa, é afinal um padrão imaterial, sempre com vontade de recomeçar, de se redescobrir constantemente. A língua, É cada um de nós que lhe dá vida, sentidos, afetos, músicas, valores…que todos os dias tem sabores diferentes
A Língua, recusando acordos e formatações que lhe cortam a vontade de voar e de crescer. Quer cada vez juntar-se de forma diferente e sempre novo….Redescobrindo-se constantemente como Ser Vivo Imaterial que é.













1 comentário:

  1. Veja Oscar e Alberto com os seus novos amigos ceramicos!
    http://annannaninternational.wordpress.com/2013/09/08/new-friends/

    ResponderEliminar